A ansiedade está ligada
ao medo. É uma aflição perante uma sensação de ameaça que muitas vezes não se
compreende verdadeiramente. Algo como sentirmo-nos ameaçados sem saber muito
bem porquê.
Esta reacção que o
próprio não consegue controlar, que é automática e fisicamente expressa, corresponde a uma reacção psíquica e física de autoprotecção por motivos inconscientes. Uma
espécie de reacção de aflição automática e autoprotecção quase instintiva,
perante a sensação de ameaça que determinada circunstância despoleta em nós.
Tentando explicar
melhor: se me vejo perante um leão poderei sentir-me aflito por saber
conscientemente que os leões podem atacar; se me vejo novamente perante uma
situação que já foi traumática e paralisadora, e que não processei mentalmente
e recalquei, poderei sentir-me ameaçado sem conseguir identificar claramente o
motivo da intensidade dos meus receios.
Nestes casos, somos nós
próprios que estamos em “modo auto-protecção,” sem sequer nos apercebermos
disso.
A intensidade desta
aflição está ligada à convicção de não ter recursos próprios para lidar com
tal, ou tais ameaças.
Perante a dinâmica que
acima se descreve, temos dois desafios pela frente: analisar o que se teme
passando por todas as emoções associadas à situação ou situações stressantes e
traumáticas; e descortinar recursos próprios, e do meio, atuais e realistas, para
lidar com as circunstâncias causadoras de aflição.
Dora Bicho – Fevereiro
2016
http://campopsicologico.blogspot.com/
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