"Quem não concorda comigo... está contra mim."

Aquilo em que cada pessoa acredita fá-la comummente integrar-se em grupos que acreditam no mesmo que ela. Esta integração é benéfica porque permite partilhar com outros ideias similares, bem como ampliá-las e enriquecê-las. Isto é satisfatório, une as pessoas.

A dificuldade está na atitude do grupo em relação ao que é exterior a ele, e considerado uma ameaça ao seu narcisismo ou à validação da sua existência como grupo.

Leia-se que a atitude do grupo dependerá da dinâmica dos sujeitos que o compõem. E é assim que vemos desfilar, em quadrantes vários, pessoas a defenderem versões que parecem incompatíveis, que defendem estar do lado da clarividência, e que, do outro lado, claro, estão as pessoas destituídas de juízo e capacidade de reflexão consciente e próxima do que é obviamente irrefutável.

E são estas posições que levam à guerra entre grupos, entre pessoas. São estas posições sem diálogo cooperante, que não nos permitem resolver com proveito mútuo.

Estará este fenómeno relacionado com as personalidades que lideram os grupos? Será um fenómeno pela afirmação por medo de perder a identidade?... Talvez por aqui.

12 de novembro de 2017
Dora Bicho

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