Gostar de alguém é gostar de estar com, apreciar estar com. É estar apaixonado/a - não obrigatoriamente numa expectativa sexual - por aquela pessoa, e desejar descobri-la, percebê-la.
Gostar de
alguém é sorrir-lhe: com os lábios, o olhar, o rosto. É gostar tanto que se
quer estar lá quando a pessoa está mal, permitir-lhe assim estar, e ajudá-la a
sair de tal situação emocional e/ou circunstancial.
É lembrá-la
frequentemente.
É desejar o
seu bem-estar.
É saber que
essa pessoa nos faz bem (a maioria das vezes) e quando assim não é,
desculpá-la, porque é uma tonta, e “claro está,” não pode ter noção de tudo o
que nos sensibiliza.
Gostar é dar
mimos e recebê-los. E quanto mais se dá (se for de coração) mais se recebe – É
só experimentar, e ver o efeito! O leitor promete fazê-lo?...
Gostar é
desejar alegria e felicidade ao outro, mesmo quando nós não estamos bem. É
chamá-lo para partilhar os nossos bons momentos.
É gostar no
seu conjunto, ter a noção de que a pessoa é um todo e tem atitudes “não
perfeitas,” opiniões que não coincidem ou são mesmo opostas às nossas.
É fazer
cedências (com prazer), sem esforço.
Gostar não é
invejar. Invejar é desejar o que é do outro, desejar retirar-lhe o que o outro
tem. Falar mal dele, desejando secretamente aquilo que lhe invejamos.
Gostar não é
deixar de ser o que somos para lhe agradar. Nem querer fazer o outro à imagem
do que é o nosso ideal, mas antes puxá-lo para nós e deixá-lo ser o que é.
Gostar de
alguém não é deixar que nos desvalorize, que nos humilhe, que se aproveite de
nós e ainda se faça de vítima.
Gostar é
ajudar, mas não é ser escravo de outro alguém. É antes ser amigo, companheiro;
e saber dizer “não”, claro está. Quem diz sempre sim não gosta, escraviza-se,
vende-se, e isso envolve mal-estar, ressentimento; o que para quem acaba por
“encher o saco,” pode mover o desejo de vingança, mesmo que velada.
Dora Bicho –
Outubro 2015
http://campopsicologico.blogspot.com/
Comentários
Enviar um comentário