Diz-se que o pânico é o
nosso pior inimigo. Que se torna perigoso aproximarmo-nos de quem esteja assim
porque a pessoa em pânico pode arrastar consigo quem se aproxime para a tentar
salvar.
O medo é protector.
Afasta-nos do que nos pode prejudicar. O pânico torna-nos incapazes de
protecção. No livro de Derek B. Miller, «Um estranho lugar para morrer», o
sargento-chefe de Sheldon (o personagem principal) explica isto muito bem: «Toda a gente tem medo. É um mecanismo de
sobrevivência. Indica-te que se passa alguma coisa de errado e que requer a tua
atenção. O pânico é quando o medo se apodera do teu cérebro tornando-te
completamente inútil.»
Os ataques de pânico
surgem porque não é reconhecido o medo. É a negação do medo que leva à reacção
de pânico incompreensível. É preciso portanto reconhecer o medo para dissolver
o pânico. Medo de quê e porquê. O caminho é este.
E reconhecer, ou
encontrar então, as apetências pessoais, atuais, para lidar com o que se teme.
Dora Bicho – Fevereiro
2016
http://campopsicologico.blogspot.com/
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